domingo, 25 de abril de 2010

Karl Marx - O socialismo e luta de classes

Luta de classes foi a denominação dada por Karl Marx, para designar o confronto entre o que consideravam os opressores e os oprimidos, consideradas classes antagônicas e existentes no modo de produção capitalista. A luta de classes se expressa nos terrenos econômico, ideológico e político. A luta do proletariado do capitalismo não deveria se limitar à luta dos sindicatos por melhores salários e condições de vida. Ela deveria também ser a luta ideológica para que o socialismo fosse conhecido pelos trabalhadores e assumido como luta política pela tomada do poder. Marx queria a inversão da pirâmide social, ou seja, pondo no poder a maioria, os proletários, que seria a única força capaz de destruir a sociedade capitalista e construir uma nova sociedade, socialista. Para Marx os trabalhadores estariam dominados pela ideologia da classe dominante, ou seja, as idéias que eles têm do mundo e da sociedade seriam as mesmas idéias que a burguesia espalha. O raciocínio de Marx é muito simples: ao criar algo fora de si, o operário se nega no objeto criado. É o processo de objetificação. Por isso, o trabalho que é alienado permanece alienado até que o valor nele incorporado pela força de trabalho seja apropriado integralmente pelo trabalhador. A partir do momento que o sujeito-produtor dá valor ao que produziu, ele já não está mais alienado. A história da sociedade humana é a história de classes dominantes, uma após a outra. O Capitalismo privilegia uma sociedade dividida em classes, e simplifica a luta de classes ao separar toda a sociedade em apenas duas classes; a dominadora e a dominada.

Max Weber - A ação social

A definição mais aceita de ação social é aquela que a defende como uma ação que é orientada pelas de ações de outros. Isto é, ação social é todo comportamento cuja origem depende da reação ou da expectativa de reação de outras partes envolvidas. Para Weber, a sociedade pode ser compreendida como algo exterior e superior aos indivíduos, diferentemente de Durkheim. Segundo Weber, “a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais, reciprocamente referidas”. Weber ainda estabelece quatro tipos de ações sociais:
01: Ação Tradicional: Aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado.
02: Ação Afetiva: Aquela determinada por afetos ou estados sentimentais.
03:: Ação Racional com relação a valores: Aquela determinada pela crença conciente num valor considerado importante, independente do êxito desse valor na realidade.
04: Ação Racional com relação a fins: A que é determinada pelo cálculo racional que coloca fins e organiza os meios necessários.
Essa classificação baseia-se em modelos ideais, cujos exemplos puros raramente podem ser encontrados na sociedade. Muitas vezes são vários os motivos de uma ação, o que cria a possibilidade dela ser incluída em mais de um daqueles tipos. A tarefa da sociologia para Weber é interpretar a ação social. Interpretar é captar o sentido da ação. Para orientar o trabalho de interpretação, Weber estabeleceu quatro “tipos puros” de ação social. São chamados “tipos puros” porque só existem como arranjo de idéias no mundo conceitual.

Emile Durkheim - Fato social

A sociologia do francês Émile Durkheim adota uma posição que rejeita as interpretações biológicas ou psicológicas do comportamento dos indivíduos, este focaliza os determinantes sócio-estruturais na explicação da vida e dos problemas sociais. Durkheim combinou a pesquisa empírica com a teoria sociológica. Sua contribuição tornou-se ponto de partida do estudo de fenômenos sociológicos como a natureza das relações de trabalho, os aspectos sociais do suicídio e as religiões primitivas. O fato social é experimentado pelo indivíduo como uma realidade independente que ele não criou e não pode rejeitar, como as regras morais, leis, costumes, rituais e práticas burocráticas oficiais, entre outras. Para ele, existem “fatos sociais” que são o assunto da sociologia e que influenciam e condicionam as atitudes e os comportamentos dos indivíduos na sociedade. Esses fatos sociais são reais, objetivos, sólidos, sui generis, isto é, não reduzíveis a realidades biológicas, psicológicas, climáticas, etc. Esses fatos sociais são relações sociais exteriores aos indivíduos que perduram no tempo, enquanto indivíduos particulares morrem e são substituídos por outros. Em Le Suicide, tentou mostrar que as causas do auto-extermínio têm fundamento social e não individual. Descreveu três tipos de suicídio: o egoísta, em que o indivíduo se afasta dos seres humanos; o anômico, originário, por parte do suicida, da crença de que todo um mundo social, com seus valores, normas e regras, desmorona-se em torno de si; e o altruísta, por lealdade a uma causa. Na última de suas quatro obras capitais, Les Formes élémentaires de la vie religieuse, buscou mostrar as origens sociais e cerimoniais, bem como as bases da religião, sobretudo do totemismo na Austrália. Afirmou que não existem religiões falsas, que todas são essencialmente sociais.